PUC-PR RECEBE RECURSOS PARA CONTRUIR UNIDADE PILOTO DE PRODUÇÃO DE BIODIESEL

Com recursos recentemente obtidos os pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) poderão levar adiante seu projeto de construção de uma unidade piloto de produção de biodiesel que, garantem “dará conta de fabricar combustível mais barato e ecologicamente correto”. A produção em escala contínua será realizada após a instalação (vai custar R$ 500 mil) na fazenda experimental da universidade, a Gralha Azul localizada em Fazenda Rio Grande, com recursos do governo federal e para implantação do módulo de produção empresários interessados no produto devem investir algo em torno de R$ 1 milhão. Segundo o diretor de Engenharia Química da PUC, Nei Hansen de Almeida a tecnologia do combustível desenvolvido na instituição é diferente porque tem o etanol como base, o que elimina uso de substâncias poluentes e também porque pode ser feito a partir de óleo de fritura usado, matéria-prima que sai de graça. Para o diretor são três as vantagens: “A primeira delas é que usamos etanol, que é vegetal, em vez do metanol, que é petroquímico. Além de tóxico, o metanol é poluente e a tecnologia para usá-lo na produção de biodiesel é importada”, explica. Mesmo as intempéries do mercado do álcool não afetariam a produção de quem optasse por adotar a unidade desenvolvida pela PUC, uma vez que, de acordo com Almeida, o biodiesel exige apenas 20% de etanol em sua composição. A segunda é que são aproveitados todos os subprodutos do processo de fabricação. A soda cáustica, por exemplo, é neutralizada com ácido, gerando sulfato de sódio, que é precipitado e aproveitado na indústria química. “E o ácido sulfúrico, outro subproduto, é neutralizado com amônia, gerando sulfato de amônia, um fertilizante que hoje é importado pelo Brasil a US$ 500 a tonelada.” A terceira é a eficiência. Segundo o engenheiro, um empresário do ramo de transportes já encomendou um projeto da unidade depois de atestar a qualidade do produto: abasteceu seus caminhões com metade do biodiesel de etanol e óleo de fritura e metade de diesel comum. O desempenho dos veículos melhorou. Fonte: Paraná- online

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