Londres - Pense em alguém destilando os drinques mais alcoólicos do planeta. Você está prestes a matar a charada. O milagre moderno de transformar vinho em combustível automobilístico se deve à fina arte da destilação. Quando a montadora Aston Martin soube que o Príncipe Charles queria andar com seu DB5 utilizando o bioetanol, a montadora imediatamente contratou o escritório londrino da Green Fuels em busca de ajuda. A empresa comprou 8 mil litros do excesso de produção de um vinhedo na Grã-Bretanha – pela mísera quantia de uma libra o litro – e realizou testes em seu próprio laboratório. Ao ferver o vinho, a Green Fuels conseguiu remover os 11% de álcool presentes na bebida e, após a condensação, obteve vários litros de etanol com um índice de pureza de 99.8%, que foi adicionado com álcool produzido através da fermentação de soro de leite, obtido em fábricas de queijo locais. Para utilizar a mistura de 85% etanol e 15% gasolina, foi necessário apenas um pequeno ajuste no carburador do Aston Martin a fim de fornecer mais combustível ao motor. “Qualquer coisa que possua álcool pode ser destilada da mesma forma que se produz vodca ou uísque. O único subproduto seria o bagaço das frutas, que pode ser utilizado na fabricação de biogás”, informa James Hygate, da Green Fuels. Após o levantamento dos custos e o cálculo dos impostos, o etanol a partir do vinho foi comercializado por 1,1 libra o litro (cerca de R$ 3,50). Qualquer carro pode ser convertido e utilizar este tipo de combustível. O que impede as pessoas de montarem destilarias domésticas para converter vinhos baratos em etanol e assim reduzir a dor no bolso na hora de abastecer? “Seria necessária uma quantidade tremenda de vinho para produzir combustível suficiente para alimentar um veículo”, disse Hygate. “A melhor maneira de se produzir etanol em qualquer escala a partir de bebidas seria fermentar cevada, como se estivesse produzindo cerveja, e destilar o álcool deste produto, respeitando as questões de saúde e segurança. Não é algo que as pessoas devem fazer em casa. O etanol é um combustível altamente inflamável”, alerta. Tradução: Thiago Ferreira Fonte : Gazeta do Povo de 06/07/2008.
Londres - Pense em alguém destilando os drinques mais alcoólicos do planeta. Você está prestes a matar a charada. O milagre moderno de transformar vinho em combustível automobilístico se deve à fina arte da destilação. Quando a montadora Aston Martin soube que o Príncipe Charles queria andar com seu DB5 utilizando o bioetanol, a montadora imediatamente contratou o escritório londrino da Green Fuels em busca de ajuda. A empresa comprou 8 mil litros do excesso de produção de um vinhedo na Grã-Bretanha – pela mísera quantia de uma libra o litro – e realizou testes em seu próprio laboratório. Ao ferver o vinho, a Green Fuels conseguiu remover os 11% de álcool presentes na bebida e, após a condensação, obteve vários litros de etanol com um índice de pureza de 99.8%, que foi adicionado com álcool produzido através da fermentação de soro de leite, obtido em fábricas de queijo locais. Para utilizar a mistura de 85% etanol e 15% gasolina, foi necessário apenas um pequeno ajuste no carburador do Aston Martin a fim de fornecer mais combustível ao motor. “Qualquer coisa que possua álcool pode ser destilada da mesma forma que se produz vodca ou uísque. O único subproduto seria o bagaço das frutas, que pode ser utilizado na fabricação de biogás”, informa James Hygate, da Green Fuels. Após o levantamento dos custos e o cálculo dos impostos, o etanol a partir do vinho foi comercializado por 1,1 libra o litro (cerca de R$ 3,50). Qualquer carro pode ser convertido e utilizar este tipo de combustível. O que impede as pessoas de montarem destilarias domésticas para converter vinhos baratos em etanol e assim reduzir a dor no bolso na hora de abastecer? “Seria necessária uma quantidade tremenda de vinho para produzir combustível suficiente para alimentar um veículo”, disse Hygate. “A melhor maneira de se produzir etanol em qualquer escala a partir de bebidas seria fermentar cevada, como se estivesse produzindo cerveja, e destilar o álcool deste produto, respeitando as questões de saúde e segurança. Não é algo que as pessoas devem fazer em casa. O etanol é um combustível altamente inflamável”, alerta. Tradução: Thiago Ferreira Fonte : Gazeta do Povo de 06/07/2008.